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  • Foto do escritorRenata Vasconcellos

Como a Osteopatia pode tratar a Escoliose?


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O mês de junho é dedicado mundialmente à conscientização da Escoliose. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2 a 3% da população mundial sofre com esse problema. Um dos tratamentos mais recomendados é a Fisioterapia, mas você sabia que a Osteopatia pode colaborar muito para uma boa evolução? Considerada uma deformidade tridimensional, já que provoca alterações nos três planos do espaço, apresentando inclinação, rotação e extensão da vértebra, a escoliose pode variar entre: Idiopática, Neuromuscular, Congênita e Pós-traumática.

Existem várias possibilidades de tratamento que visam o equilíbrio do corpo e uma melhor qualidade de vida, mesmo não sendo possível uma alteração estrutural significativa. A Osteopatia busca restabelecer o equilíbrio corporal por meio de intervenções, buscando restrições de movimento de maneira global e atuando de forma precisa para que o corpo recupere sua capacidade de auto cura e, no caso específico da escoliose, impeça que esses problemas sigam se agravando. A perda da mobilidade acusada pela escoliose pode gerar consequências no corpo como um todo.

Outro ponto que colabora para que a Osteopatia seja um tratamento eficaz para a escoliose são os conhecimentos profundos em anatomia, biomecânica e fisiologia, favorecendo uma abordagem mais eficaz e personalizada, já que o prático fará os ajustes necessários encontrados em cada atendimento.

Dentro das classificações, a Escoliose idiopática atinge três a cada mil mulheres. Por se tratar de uma provável herança multifatorial (genética), esse é o grupo mais frequente das escolioses. Segundo a idade de aparição distinguimos três tipos: juvenil, infantil e adolescente.

Na visão da osteopatia, a escoliose pode ser classificada quanto a sua origem: visceral, neurológica, muscular e craniana.

Quando detectada na adolescência, dependendo do grau de sua curvatura, o tipo de tratamento conservador escolhido é a utilização de colete que pode comprometer a qualidade de vida desse jovem. Dos vários métodos citados para o tratamento da escoliose, encontram-se: Osteopatia, Reeducação Postural Global (RPG), Isostreching, Cadeias Musculares, Pilates,e o método Klapp.

Foto de arquivo pessoal

Minha experiência nesse tipo de tratamento é bastante atual, pois tenho uma paciente — Milena — que é a melhor pessoa para falar da patologia. Veja o depoimento que ela enviou para eu compartilhar com vocês:

"Eu descobri a escoliose quando tinha 13 anos e estava na aula de educação física. Logo que fui ao médico, recebi o diagnóstico e sabia que ia ter que usar colete. Passei minha infância e adolescência toda de colete — tirava só para ocasiões especiais.

Sempre foi indicado como tratamento pra mim a cirurgia, mas nunca quis fazer, devido às consequências que poderia trazer. A fisioterapia, então, era o meu meio de me sentir bem, me exercitar, e não deixar minha coluna parada.

A diferença pós-fisioterapia é gritante, e eu me sinto muito mais alinhada. Depois de um tempo a coluna vai se acomodando de novo mas mesmo assim, não sinto dor e não tenho nenhuma limitação, no máximo sinto alguns incômodos que quando faço a fisio passam na hora.

Sempre fui uma pessoa muito ativa: vou a shows, festas, viagens, tudo com minha escoliose e ela não me atrapalha! 😂 Enfim, posso dizer que a escoliose já me fez sofrer psicologicamente, mas como todo problema que temos na vida, o que a gente pode fazer é escolher a reação que teremos a ele.

Foto de arquivo pessoal

Tive o apoio da minha família e dos meus amigos em todas as fases do meu tratamento, e soube lidar com minha escoliose de uma forma leve e madura, apesar de tudo que já passei com ela.

Espero que isso possa ser uma inspiração pra pessoas que têm o mesmo problema. Hoje em dia ainda vivo com minha escoliose, ela não diminuiu de curvatura mas eu vivo bem e tento sempre ser positiva sobre ela!"

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